As
melhores aventuras são aquelas em que não fazemos planejamento algum e
acontecem de forma inesperada.
No
dia 1/09/2012 recebi uma ligação do meu pai me convidando para ir a Praia do
Açutuba em Iranduba/AM no dia seguinte, como estávamos de bobeira resolvermos
aceitar o convite.
O
município de Iranduba/AM fica localizado em frente a cidade de Manaus/AM no
lado direito do rio negro, atualmente o município é bastante frequentado nos
finais de semana pelos moradores de Manaus/AM que buscam um lazer que tenha
mais contato com a natureza.
A
mais de 10 anos a minha família já conhece a Praia do Açutuba. Há anos atrás o
ramal de acesso não era nem asfaltando e ainda tínhamos que enfrentar a fila de
espera da balsa que atravessava os carros.
Por já conhecer bem a
praia, resolvemos aproveitar o passeio e explorar um pouco mais a região, pois
eu já havia feito varias pesquisas de lugares para conhecemos nessa rota.
02/09/2012
02/09/2012
Ponte do Rio Negro
Partimos
de Manaus/AM as 8:00 hs, agora com a Ponte do Rio Negro tudo é mais fácil e
chegamos ficar muitos felizes só de pensar que não teremos que enfrentar uma
fila de carros esperando a balsa na volta para Manaus/AM (já chegamos a esperar
até 5 h).
A
Ponte do Rio Negro em si já é uma grande atração, pois nos proporciona uma bela
paisagem do rio negro.
Restaurante Palhetas
Saímos
da ponte e entramos na estrada Manuel Urbanos AM-070, na estrada existem vários
restaurantes que oferecem café da manhã, escolhemos ir ao Restaurante Palhetas que fica na
estrada Carlos Braga que liga a AM-070 ao município de Iranduba. Não é difícil
de achar o local, quando avistarem uma chaminé com palavras escritas “Rodovia
Municipal Carlos Braga” ascendam o pisca alerta do carro para a direita e
peguem o retorno, não façam o retono completo e peguem a estrada que fica atrás
da chaminé de boas vindas.
Acredito
que a chaminé fica no km 19, pois apesar de a ponte ter sido inaugurada a quase
um ano a estrada ainda não possui sinalização de quilometragem da pista. Aqui estacionamos o carro para tirarmos fotos
e podermos colocar informações mais claras da localização.
Por essa estrada chega-se a sede do município de Iranduba, não aconselho a irem até cidade, pois a mesma não oferece atrativo algum. Só pegamos essa estrada para tomar um café da manhã regional nesse restaurante que fica a aproximadamente 5 km desde a chaminé. O local é bem agradável e com preços bem acessíveis.
Ruínas de Paricatuba
Após
o café da manhã, voltamos para a estrada AM-070, e seguimos viagem até o km 22
para pegarmos um ramal até a comunidade de Paricatuba. O ramal fica a direita
de quem está indo em direção a Manacapuru/AM e não é difícil de encontrar, mas
precisa ter atenção, na estrada existe uma placa sinalizando.
Até a comunidade são 10 km de percurso em estrada de terra, apesar de o ramal estar razoavelmente bom acredito que em dias de chuvas ele se torne um percurso difícil, chega até a ser vergonho ver que esse ramal ainda não foi asfaltando tendo em vista que a ponte já esta pronta a quase 1 ano e que esta prometia desenvolvimento para as comunidade de Iranduba e outras cidades.
Após aproximadamente uns 20 minutos chegamos a comunidade, as ruínas são bem fácies de encontrar, pois as mesmas encontrasse dentro da comunidade.
O prédio começou a ser construído em 1898 do outro lado do rio negro para servir de hospedaria para imigrantes italianos que vinham a Manaus em busca de oportunidades de trabalho. Porém, devido a distancia da cidade, a hospedaria logo começou a não ter muita utilidade, pois Manaus crescia muito e começa a ter uma certa infra estrutura para poder abrigar os imigrantes na própria cidade.
Por anos a hospedaria passou por outras atividades que não vingaram, somente em 1924 voltou a ser ativada tendo os imigrantes novamente como causa raiz da ativação, porém o objetivo da hospedaria não era abrigar simples hospedes, e sim pessoas infectadas com a lepra que se espalhava por Manaus/AM devido ao grande numero de imigrantes que trouxeram a doença.
Logo as autoridades buscavam uma alternativa para manter bem longe os leprosos da burguesia, e viram Paricatuba como uma solução.
O leprosário funcionou até o ano de 1962 até que foi desativado e os pacientes foram transferidos para a Colônia Antonio Aleixo em Manaus/AM.
O prédio que foi construído com paredes internas revestidas com azulejos, assoalhos de pinho, janelas em estilo colonial e calhas de cobre, atualmente mais parece o cenário de uma cidade fantasma de um filme de terror. O local tem grande potencial turístico, imaginem o prédio todo restaurando servindo como um museu que contaria todas essas historias, com fotos, maquetes, documentos e objetos da época e que geraria renda para a comunidade. Infelizmente as ruínas de Paricatuba são mais descaso de nossas autoridades com nossos patrimônios públicos.
Seguimos andando a pé pela vila para ver se conseguíamos ver a Praia de Paricatuba, infelizmente a praia ainda estava cheia, porém acima da escadaria que leva a praia existe um mirante natural com uma excelente paisagem do rio negro.
Cachoeira do Castanho
Voltamos
para o ramal e fizemos os 10 km de volta até chegarmos na AM-070. Na AM-070
seguimos até o km 24, e pegamos outro ramal que também não estava asfaltado.
Esse ramal também não é difícil de encontrar, se localiza do lado direito para
quem vai em direção a Manacapu/AM e também possui sinalização com o nome da
cachoeira. Para chegarmos a cachoeira devemos percorrer 8
km, então vou dar a dica mais importante desse post.
A
cachoeira do Castanho só aparece no período da segunda quinzena de setembro até
o final de novembro, ou seja ela só
aparece no auge da seca do rio negro. Como fomos no dia 01/09/2012 infelizmente
não tinha cachoeira alguma e voltamos um pouco frustrados.
Fizemos
o percurso de 8 km de volta até a AM-070.
Praia do Açutuba
Seguimos
na AM-070 até o km 28 e pegamos outro ramal que também é sinalizado com placa
informando o nome da praia, esse ramal é o extremo oposto dos anteriores, pois
é totalmente asfaltado.
O
percurso é de 11 km e a praia fica no final do ramal, no local onde ficamos
existiam alguns restaurantes e a praia não estava lotada, segue abaixo algumas
fotos da praia.
O
local também é ideal para acampar.
Tivemos que voltar para Manaus por volta das 16:30 hs, pretendíamos ficar na praia até as 18:00 hs para poder vermos o por do sol, infelizmente formou-se um temporal e tivemos que voltar mais cedo.
Espero que tenham gostado das dicas e logo, logo voltaremos a Cachoeira do Castanho para tirarmos algumas fotos e postalas na nossa pagina no facebook e aqui no blog.
Oi Ricardo,
ResponderExcluirEstou em Manaus com um packraft e ficarei na regiao por 2 meses explorando a area. Procuro parceiros de aventuras. Se estiveres interessado podes me achar no facebook. Abraco, Andre Philippi.